Um jovem empresário do concelho de Vimioso vai investir cerca de 300 mil euros na construção de uma unidade transformadora, que englobará toda a fileira da produção de mel.
O objectivo é conquistar os mercados internacionais.
O projecto foi idealizado há cerca de uma década e já começa a ganhar forma na zona industrial de Vimioso. A unidade deverá ser uma “referência” em toda a região Norte, dentro do “exigente” sector apícola de produção em modo biológico.
O mentor do projecto, Jorge Fernandes, afirma que este projecto pretende ir além do que é tradicional, que assenta na mera produção do mel, e explorar toda a fileira da apicultura.
“Pretendemos que toda a produção saia da empresa já embalada e rotulada, obedecendo sempre a rigorosos controlos de higiene e qualidade, para que as mais valias económicas fiquem na região,” frisou o empresário.
A unidade transformadora, que resulta de uma candidatura a fundos do PRODER, financiada em 45 por cento do investimento global, abarcará uma série de valências ligadas à produção de mel, ceras, pólen, geleia real e própolis (uma resina extraída de certos vegetais pelas abelhas para manter a sua higiene e bom estado sanitário).
A comercialização de enxames e rainhas é outra das fórmulas encontradas para rentabilizar o negócio. “A iniciativa empresarial tem por objectivo produzir e comercializar todos os derivados do sector apícola, recorrendo sempre à produção em modo de produção biológica,”especificou Jorge Fernandes.
Jorge Fernandes quer conquistar os mercados do mel francês e alemão
O empresário espera, ainda, ter em processo de produção mais de duas mil colmeias, nos próximos dois anos, às quais se juntarão mais cinco mil, através de parcerias com outros produtores de mel da região,” acrescentou.
Segundo os cálculos do investidor, a produção de mel através desta nova unidade de transformação deverá rondar as 100 toneladas por ano.
“ Enquanto consultor apícola, tenho verificado que há jovens a apostar no sector, já que é uma actividade agrícola que poderá ser rentável, visto que há falta de mel no mercado europeu”, avançou Jorge Fernandes.
A fileira do mel está “mais ou menos organizada”, mas é importante apoiar os produtores de mel no desenvolvimento da sua actividade.
Outro dos objectivos do empresário é o de assegurar serviços de consultoria e maneio das colmeias, para que a produção seja de “maior dimensão e qualidade” e permita conquistar mercados de consumo como o francês ou o alemão, onde já tem contactos.
Por: Francisco Pinto
Jornal Nordeste
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