Se for eleito Presidente da República, Manuel Alegre quer promover um debate nacional sobre a desertificação do interior.
Foi com a bandeira da regionalização que o candidato veio a Bragança fazer campanha para as eleições do dia 23.
Um desígnio de Manuel Alegre por entender que a desertificação é o principal problema do país.
“A desigualdade territorial é um dos factores da desigualdade social. Combater a desertificação é uma prioridade e se eu for presidente da república tenciono promover um grande debate nacional sobre a questão da desertificação do interior país” refere, acrescentando que “chegou a altura de nós fazermos uma reflexão séria e sensata sobre a regionalização como instrumento para resolver a desigualdade e criar a coesão territorial”.
Num almoço com apoiantes, o presidente da federação política distrital do PS lembrou a época em que Cavaco Silva foi primeiro-ministro considerando que foram “tempos negros” para a região.
“Foi dos tempos em que o nosso distrito mais regrediu e nós não queremos mais voltar a esses tempos” afirma Mota Andrade. “Para continuarmos a ter aqui crescimento e desenvolvimento é necessário ter alguém de confiança na presidência da república” salienta.
O mandatário distrital da candidatura de Manuel Alegre recorda alguns dos serviços que a região perdeu nessa altura e critica o actual presidente da república pelos exemplos que apontou de maus investimentos.
“O Nordeste Transmontano deve ao candidato do PSD, enquanto primeiro-ministro, o encerramento das linhas de caminho de ferro, a PSP de Macedo e Moncorvo” refere Aires Ferreira. “Recentemente, esse mesmo candidato deu como exemplo de maus gastos as estradas feitas que depois não têm transito. Estava a aludir evidentemente ao IP2 e ao IC5 que só a determinação do Governo levou por diante contra a opinião dos lisboetas e muitos dirigentes partidários do PSD” acrescenta.
Por outro lado, diz ainda que “também não é coincidência que a mandatária distrital do candidato foi uma das mais ferozes opositoras à construção da barragem do Baixo Sabor”.
Antes deste almoço com apoiantes da sua candidatura, Manuel Alegre passou ainda pela Santa Casa da Misericórdia de Bragança onde elogiou o papel destas instituições sobretudo numa época de crise.
“Tenho a perfeita consciência do papel que a instituições particulares de solidariedade social e as misericórdias desempenham hoje no nosso país, na assistência a idosos, na educação e protecção de crianças” refere, acrescentando que “eu defendo a função social do Estado mas sem esquecer o apoio do Estado às IPSS’s”. “Numa época como a que estamos a viver, sem estas instituições, a situação seria muitíssimo mais difícil” salienta.
Se for eleito presidente, Alegre prometeu empenhamento para que as IPSS’s continuem a funcionar de forma a dar assistência aos que mais precisam.
Escrito por Brigantia
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