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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Adega de Foz Côa na falência

A Adega Cooperativa de Vila Nova de Foz Côa fechou as portas na sequência de um processo de insolvência. Um grupo de credores, nomeadamente bancos, estão a estudar a situação para determinar qual é a melhor estratégia para a unidade. 
A solução poderá ser encontrada ao longo deste ano. Uma fonte próxima da direcção adiantou que uma das possibilidades é a venda dos activos da cooperativa em hasta pública para saldar os montantes em dívida. 


Segundo o Jornal Nordeste apurou, a última campanha da vindima já não foi realizada pela cooperativa, mas por uma empresa privada que alugou as instalações daquela unidade para receber e laborar a produção de uvas de dezenas de agricultores de Foz Côa e aldeias das redondezas.


Nos últimos dois a situação económica da adega começou a degradar-se gradualmente, mas em Junho de 2010 chegou-se a um cenário de ruptura, uma vez que o não foi possível saldar uma dívida entre 80 a 100 mil euros que venceu. “Segundo o plano de insolvência, estava previsto saldar essa quantia, não foi possível. O que agudizou ainda mais os problemas que já eram graves”, referiu António Lourenço, membro de uma antiga direcção. 
A Adega Cooperativa de Vila Nova de Foz Côa era uma das mais antigas unidades da região do duriense no sector da vitivinicultura. Há meia dúzia de anos tinha uma imagem de dinamismo e de prosperidade, com vinhos a receber prémios. “As coisas foram piorando, ia havendo dinheiro, os sócios iam recebendo e pensavam que estava tudo bem. Em simultâneo iam-se contraindo empréstimos junto da banca, não se pagavam. Tudo se complicou”, recordou. 

“Há sócios que ficaram sem receber, nem sabem quando poderão ser ressarcidos”

Há dois anos a direcção foi substituída, mas os novos elementos já não conseguiram pôr termo ao cenário negativo que assolava a cooperativa. 


Agora teme-se que o montante total da dívida seja muito superior ao valor dos activos da adega e dos stocks. Além disse estão a correr vários processos em tribunal. “Há sócios que ficaram sem receber, nem sabem quando poderão ser ressarcidos”, afirmou António Lourenço.
Apesar dos esforços, não foi possível chegar à fala com os membros da última direcção.


Fonte:Jornal Nordeste 

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