A construção da barragem de Veiguinhas é a melhor solução para resolver o problema de abastecimento de água no concelho de Bragança.
Esta é a posição tomada pelos técnicos que elaboraram o Plano de Gestão das Regiões Hidrográficas do Norte, que foi apresentado ontem, em Bragança.
António Monteiro, coordenador do consórcio responsável pela elaboração deste Plano, acredita que é desta que Veiguinhas vai conseguir aprovação. “A nossa proposta é que seja efectivamente Veiguinhas. Por duas razões, uma delas é a questão da contenção orçamental. Achamos que estes planos já são complicados de tentar justificar nos próximos três anos um conjunto de acções e de investimentos que implicam soluções mais dispendiosas. Temos receio que soluções mais dispendiosas contribuam para adiar a obra. Por outro lado, achamos que o processo está bem encaminhado. É nosso entendimento em conjunto com a ARH e outras entidades ligadas ao processo que os impactos que são levantados do ponto de vista ambiental podem ser superados”, afirma António Monteiro. Para já está previsto um investimento de 9 milhões de euros para construir Veiguinhas nos próximos três anos. Entretanto, para garantir o abastecimento de água às populações em anos mais secos, António Monteiro considera fundamental elaborar um plano de gestão de seca. “Que se faça efectivamente um estudo do que nós devemos fazer em termos de gestão de secas, ou seja enquanto essas obras não estão feitas, que nós consideramos muito urgentes, deve a ATMAD, as Câmaras Municipais terem planos de contingência para situações de seca, que permita salvaguardar que a população é abastecida com água de qualidade, para não estarmos a adoptar soluções à pressa”, acrescenta o responsável. Se não chover com abundância nos próximos dois meses, o presidente da Câmara de Bragança, Jorge Nunes, teme que a água deixe de correr nas torneiras. “Neste momento estamos a utilizar as reservas que deveriam ser mantidas para o período de Verão. Se estamos a utilizá-las durante o Inverno e se não chover de forma significativa não teremos água para abastecer as populações. Se não chover com abundância nos próximos dois meses para repor os níveis teremos uma ruptura total no abastecimento de água”, garante o edil. O Plano de Gestão das Regiões Hidrográficas do Norte prevê ainda investimentos na ordem dos 8 milhões de euros nos sistemas de abastecimento de água dos concelhos de Vimioso e de Carrazeda de Ansiães.
Escrito por Brigantia (CIR)
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