Ainda não arrancou a campanha mas já estalou a polémica entre candidatos autárquicos em Vinhais.
Alegadas pressões e incumprimentos da lei da paridade vão levar o PSD de Vinhais a apresentar duas queixas à Comissão Nacional de Eleições.
Carlos Costa, o presidente da concelhia laranja, garante que numa das freguesias do concelho o PS não cumpriu a lei da paridade, que obriga a um terço de elementos de cada sexo nas listas.
Para além disso, não podem estar mais do que dois candidatos do mesmo sexo alinhados consecutivamente.
“Trata-se da junta de Rebordelo. Nesta freguesia não foi cumprida a lei da paridade. O que está em causa é que a lei determina que um partido que não cumpra a lei num concelho, perde 50 por cento do financiamento. Iremos reclamar porque está em causa uma questão de financiamento público.”
Quem já respondeu foi o autarca e recandidato à câmara de Vinhais, Américo Pereira, desvalorizando a questão.
“São questões técnico-jurídicos e o juiz já aceitou a lista, pelo que não haverá problemas. Aliás, o prazo para reclamar já foi ultrapassado.”
Em causa podem estar as verbas atribuídas pela CNE ao partido naquele concelho que, a confirmar-se a violação, podem ver a comparticipação reduzida a metade.
Mas o PSD queixa-se que, na mesma freguesia de Rebordelo, tem havido pressões do PS no sentido de levar à desistência de alguns dos candidatos laranja.
“É de lamentar que no ano de 2009 existam este tipo de comportamentos por parte do presidente da câmara e do candidato à junta. Têm feito pressões a duas pessoas que fazem parte das listas do PSD a esta freguesia, no sentido de desistirem, com promessas, ameaças… um dos membros das listas até já desistiu porque o presidente da junta o ameaçou, dizendo que deixava de comprar pão nas sua padaria para as escolas da freguesia.”
Américo Pereira garante que desconhece a existência de qualquer pressão.
“Não sei a que se refere”, começou por dizer, esclarecendo que “o PSD tem tão poucos candidatos que é preocupante que já comecem a desistir”. Américo Pereira garante que da sua parte “não há qualquer pressão”.
Já Francisco Cunha, presidente da junta de freguesia de Rebordelo, desmentiu também ter feito qualquer pressão sobre candidatos da oposição.
O assunto deve seguir agora para os tribunais, já que a concelhia do PSD afirma ter testemunhas.
Escrito por Brigantia
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