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quarta-feira, 29 de julho de 2009

Universidades estrangeiras estudam Montesinho




Programa Intensivo do IPB levou alunos e professores de outros países a desenhar estratégias de turismo para a área protegida.

Uma paisagem absolutamente surpreendente, rica em variada fauna e flora, onde o homem persiste em viver nas suas típicas casas, agarrado a antigas tradições, preservando os valores naturais e culturais e presenteando o visitante com uma gastronomia única –

O retrato é do Parque Natural de Montesinho e foi feito por Simon Bell, arquitecto paisagístico da Universidade de Edimburgo após duas semanas de trabalho naquela zona.

Alunos e professores do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), das Universidades da Lapónia, de Edimburgo, de Varsóvia e da Estónia, visitaram aquela área protegida no âmbito do primeiro Programa Intensivo em Turismo e Recreio da Natureza.

O principal objectivo do curso foi criar equipas multi-disciplinares, com alunos e professores de diferentes países, que pudessem olhar para o Parque Natural de Montesinho e conceber estratégias para o turismo e para a criação de zonas de utilização recreativa.

No entanto, uma das principais constatações foi a do “grande divórcio entre as populações e o parque natural”, conforme apontou José Castro, responsável pelo curso. “Uma das coisas fundamentais é a equidade entre parceiros e, neste caso, há um parceiro muito fraco, que são as populações locais”, contou. Uma opinião partilhada também por Lisa Durvaine, da Universidade da Lapónia.

A docente comparou a realidade da Finlândia com a de Portugal, afirmando que eram comuns os problemas de desertificação humana nas áreas rurais e, por isso, necessário o trabalho em rede entre todos os parceiros responsáveis e a população local para o desenvolvimento do turismo. “Temos o mesmo tipo de problemas no desenvolvimento de áreas rurais remotas e o turismo é uma ferramenta que pode ajudar porque fixa as pessoas, mantém as tradições e traduz-se em benefícios para os locais.
Na Finlândia temos feito esforços para conseguir que as diferentes entidades responsáveis trabalhem e esse é, talvez, o principal entrave ao desenvolvimento nesta zona”, considerou.

Na Finlândia, segundo contou, foram cerca de 20 anos de trabalho que resultam agora num “grande desenvolvimento” turístico. A oportunidade poderia ser também “agarrada” no Nordeste Transmontano através da conjugação da cultura com a natureza. “As tradições locais aqui ainda têm muita força e são o mais importante porque são típicas e únicas.

O turismo pode ajudar a manter essas tradições vivas”, considerou. Alunos e professores elaboraram um conjunto de propostas para a instalação de infra-estruturas dedicadas a apoiar o turismo. A criação de rotas pelas capelas locais ou entre as diferentes aldeias, com estadia nas casas tradicionais, foram exemplos disso mesmo. As diferentes estratégias e mapas de áreas recreativas foram apresentados publicamente e espera-se que possam servir para “rejuvenescer a visão do turismo"

Fonte:Mensagueiro de Bragança

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