Sócios privados já fecharam negócio.
Sócios privados já fecharam negócio. Câmara de Vinhais está a vender os 24% do capital social através de concurso público.
A Cacovin Agroindústria, em Vinhais, foi comprada por um grupo europeu de investidores, que pretende apostar na transformação e comercialização de produtos agrícolas, criando dezenas de postos de trabalho no concelho.
Os sócios privados da Cacovin, nomeadamente a Cooperativa de Agricultores, com 55% do capital social, a Arbórea, a Associação Nacional de Criadores de Suínos de Raça Bisara e a Organização dos Produtores Pecuários do Concelho de Vinhais, todos com 7%, decidiram agarrar a oportunidade de vender o capital social à multinacional de capitais franceses, que pretende valorizar a fileira da castanha no distrito de Bragança.
O presidente da Cooperativa dos Agricultores de Vinhais, Carlos Silva, realça que se trata de um grupo forte, implantado no sector agro-industrial a nível mundial, o que se traduz numa mais-valia para a valorização da produção de castanha da região. "A cooperativa procura o melhor para os seus associados, que são os agricultores, e para o concelho de Vinhais. Em função da proposta apresentada, do grupo que pretende instalar-se no concelho e da estratégia delineada por esse mesmo grupo, a venda era o passo mais acertado para promover a castanha no concelho de Vinhais", justifica Carlos Silva.
O responsável preferiu não revelar os montantes envolvidos no negócio, mas adiantou que a estratégia e o projecto de investimento assumido pela Cacovin terá despertado o interesse dos investidores estrangeiros, que para além da castanha deverão apostar na transformação e comercialização de outros produtos agrícolas.
Carlos Silva garante que o negócio já está fechado, com a realização do contrato de promessa de compra e venda, no passado mês de Fevereiro, faltando, apenas, a formalização da transferência da Cacovin para o grupo de investidores através da elaboração da escritura pública.
Câmara de Vinhais vende as quotas que detinha na Cacovin e na Ecolignum, para passar a gestão para entidades privadas.
Para além dos privados, a Câmara Municipal de Vinhais (CMV), com um capital social de 24%, também abriu um concurso público para alienar a participação nesta empresa privada.
"Entendemos que as Câmaras Municipais são fundamentais para incentivar e fomentar a instalação de determinados negócios e de potenciar o desenvolvimento económico das regiões, mas uma vez concretizados esses investimentos devem retirar-se, para que sejam os privados a gerir essas empresas e criar mais-valias", defende o presidente da CMV,AméricoPereira.
Além disso, o edil realça que quando as empresas em que as autarquias têm participações têm problemas de saúde financeiros isso reflecte-se nas contas dos municípios, acabando por ter reflexos negativos na gestão autárquica.
Por isso, a autarquia vinhaense também já abriu um concurso público para a venda dos 14% do capital social que detém na empresa Ecolignum- Madeiras Nobres de Vinhais. Américo Pereira avança, ainda, que também as Juntas de Freguesias decidiram vender a sua quota nesta empresa de transformação de madeiras.
Relativamente ao negócio da Cacovin, o edil enaltece que foi uma excelente oportunidade para o concelho de Vinhais, visto que vão ser criados entre 40 a 50 postos de trabalho. "Quem vai beneficiar com este negócio é o concelho e toda a agricultura do concelho",concluiu Américo Pereira.
Por: Teresa Batista (Jornal Nordeste)
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