Os produtos utilizados para combater a doença dos sobreiros no Alentejo e Ribatejo estão, agora, a ser utilizados para combater a tinta nos soutos do Nordeste Transmontano. O presidente da Associação Florestal da Terra Fria Transmontana (ARBOREA), Eduardo Roxo, realça que o tratamento fortalece as árvores, ajudando-as a lutar contra a doença que tem causado a morte a uma grande percentagem de castanheiros na região.
“Neste momento, estamos com esperança de conseguir controlar a tinta, que é a doença mais complicada e com maior dificuldade de controlo”, realça o responsável.
Segundo Eduardo Roxo, a doença que estava a causar a morte dos sobreiros é semelhante à tinta que ataca os castanheiros. “Este tratamento teve grandes resultados nos sobreiros, pelo que o mesmo princípio está a ser aplicado nos soutos da região”, salienta o responsável.
O tratamento pode ser aplicado em duas modalidades distintas. Na primeira etapa são colocadas uma espécie de “bananas” no próprio pé do castanheiro, que são absorvidas pela própria árvore e proporcionam o fortalecimento do castanheiro contra a doença. “Nalguns casos, pensamos que como o fungo da tinta não se consegue alimentar do castanheiro é provável que acabe por morrer ou então que fique debilitado e não consiga atacar com tanta força”, enaltece o presidente da ARBOREA.
Através deste medicamento é possível fortalecer as árvores e, ao mesmo tempo, debilitar o fungo que lhe pode provocar a morte.
Nos casos em que não é possível aplicar este sistema é efectuada a pulverização das folhas na época em que a árvore tem capacidade de absorver o medicamento e este pode ser integrado no circuito vegetativo.
Apostar nos cogumelos e não lavrar os soutos são truques simples que ajudam a controlar a tinta
Além disso, Eduardo Roxo lembra que os cogumelos também são uma grande ajuda para fortalecer os castanheiros. “Por um lado, são seres vivos que alimentam a árvore e, por outro, protegem a própria raiz, não deixando que o fungo da tinta ataque as raízes do castanheiro”, explica o responsável.
Para efectuar o tratamento mais adequado dos soutos, Eduardo Roxo lembra que se devem evitar as lavouras. “O fungo da tinta está na terra, pelo que ao lavrar está-se a propagar. Além disso, durante este processo são feridas as raízes, o que debilita as próprias árvores”, alerta o presidente da ARBOREA.
O cancro é, igualmente, uma doença que causa muitos prejuízos nos soutos do Nordeste Transmontano. Para controlar esta moléstia há produtos químicos, mas também defesas criadas pelos próprios castanheiros, como é o caso das hipovirulências. “Há dois fungos da mesma família que se combatem. O problema é que em Portugal ainda não há produção deste fungo para ser injectado nas árvores doentes”, concluiu Eduardo Roxo.
Por: Teresa Batista
Fonte:Jornal Nordeste
Boa Noite
ResponderEliminarGostaria de saber qual o nome desse produto?Por aqui pelo Nordeste essa doença está imparável.
Muito Obrigada
Laura_Fonseca@sapo.pt
ResponderEliminarMuiyo agradecia a divulgação do nome do medicamento.
Boa tarde,
ResponderEliminarGostava de saber qual o nome dos produtos falados no blog.
ktm_nelson18@hotmail.com
Cumprimentos,
Nelson