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domingo, 13 de março de 2011

Construção cai 40% em Bragança

Em contrapartida, aumentou o pedido de licenças para a recuperação de edifícios devolutos.......


Veja a noticia toda já a seguir.





Em contrapartida, aumentou o pedido de licenças para a recuperação de edifícios devolutos


A Câmara Municipal de Bragança (CMB) registou um decréscimo de 40 por cento nas receitas da construção civil.

Este número, divulgado na última Assembleia Municipal, reporta-se a 2007, altura em que a crise começou a afectar o sector.

Segundo o presidente da CMB, Jorge Nunes, a crise económico-financeiras contribuiu para a diminuição da construção de novos edifícios no País e Bragança não é excepção. “Os jovens que precisam de habitação não têm acesso ao crédito, as empresas têm um limite muito forte no acesso a financiamentos e tudo isto contribui para o decréscimo da actividade.
Ainda assim há iniciativas privadas que estão a decorrer”, justifica o edil.

A reabilitação de imóveis na zona histórica da capital de distrito e, sobretudo, no Mundo Rural parece ser a solução encontrada para quem quer aplicar as suas poupanças na valorização do património. No entanto, a recuperação de edifícios tem taxas muito reduzidas, o que não permite ao município colmatar o decréscimo de receitas resultante da diminuição da construção.

População das aldeias do concelho de Bragança aposta na recuperação de casas antigas

“O que ocorre no centro histórico de Bragança não dá receitas para o município”, constata Jorge Nunes.

No entanto, o autarca brigantino mostra-se satisfeito com a requalificação de imóveis devolutos no centro histórico. Aliás, a própria autarquia vai avançar com a reconstrução de imóveis na zona nobre da cidade, numa parceria com o Instituto Politécnico de Bragança, para a criação de mais residências para estudantes.

No Mundo Rural, o pedido de licenças para a recuperação de edifícios também tem aumentado significativamente nos últimos anos. “Do meu ponto de vista, esta situação reflecte uma atitude inteligente das pessoas, que é aplicar as suas economias na valorização do património, não o deixando degradar em detrimento da construção de casas novas”, salienta Jorge Nunes.

Com a recuperação dos imóveis em ruínas, o centro histórico da cidade fica de cara lavada, tornando-se mais atractivo para os turistas, ao passo que as aldeias também ganham mais vitalidade e uma imagem mais atractiva para os visitantes.



Por: Teresa Batista
Jornal Nordeste

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