Trabalha há 50 anos no sector da castanha, José Posada, empresário da região espanhola de Ourense , tem investido no sector da transformação para valorizar o produto.
A confecção de ‘marron glacês’ é uma das suas apostas mais recentes, mas ainda a considera “uma pequena parte do seu negócio”, pois a sua fábrica produz mais 39 produtos, com castanha, nomeadamente farinha, congelados, cremes, purés e até vende castanhas assadas para o Brasil.
Actualmente exporta para 17 países. “Há várias décadas que trabalho com castanhas, comecei com a venda em fresco para evoluir até aos produtos mais sofisticados, como marron glacê. Vender a castanha em fresco é comercializar sem valor acrescentado, qualquer um faz isso”, explicou o empresário, que compra uma parte importante da castanha que labora na sua fábrica em Trás-os-Montes. Actualmente só transforma 800 toneladas. “É pouco”, confessou.
José Posada considera que na Terra Fria falta apostar na transformação deste fruto seco, para o valorizar e consequentemente obter um produto mais caro e logo mais rentável. “É preciso investir na embalagem, na transformação, no sabor, para chegar mais longe”, aconselhou. Todavia não nega que tudo isto exige mais investimento. “As empresas passam a ter mais gastos, na apresentação, na embalagem, na promoção. A transformação também representa um caminho longo e espinhoso.
É complicado chegar a novos mercados porque há muitos produtores de França e de Itália que começaram há mais tempo e já têm uma fatia de mercado”.
“Aqui em Bragança existe uma fábrica que descasca e congela, isso já é um passo importante, mesmo que não pareça. Os produtos mais requintados representam outra etapa”, explicou o empresário.
In:Jornal Nordeste
Sem comentários:
Enviar um comentário