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domingo, 28 de novembro de 2010
Bragança preparada para o Inverno
Câmara investe 100 mil euros em limpa neves, espalhadores de sal e vários meios de apoio
Este ano, o concelho de Bragança conta com um reforço de meios para enfrentar os possíveis nevões de Inverno.
A câmara investiu cerca de 100 mil euros no reforço de meios e equipamentos, dotando várias viaturas de pás limpa neves e espalhadores de sal e formando o seu pessoal para responder com maior eficácia a este tipo de situações que, todos os anos, fustiga o Nordeste Transmontano. Só em Bragança são cerca de 600 quilómetros de estradas na área rural e imensos quilómetros de arruamentos na cidade.
A aposta no reforço dos meios mecânicos visa, também, “reduzir o número de recursos humanos que tinham de fazer esse serviço com menos meios próprios”, explicou Jorge Nunes, presidente da autarquia.
Em relação ao ano passado há seis viaturas com equipamento especifico, duas motoniveladoras, doze viaturas de apoio, 23 motoristas e 17 pessoas de apoio. A reserva de sal é superior a 80 toneladas, o que configura, efectivamente, uma “grande quantidade”, embora o autarca avance que, só no ano passado, a autarquia espalhou mais de cem toneladas de sal.
Em caso de nevão, está também definida a primeira intervenção e todo um planeamento com níveis subsequentes. Desde logo, dentro da cidade, as prioridades serão a estrutura principal que dá acesso aos centros de saúde, ao hospital e às escolas, enquanto que, na área rural, vão ser tidas em atenção as vias em maior altitude e as vias prioritárias de acesso à cidade e de ligação a aglomerados.
Salmoura para o IP4
Este ano, a concessionária da Auto-Estrada Transmontana vai apostar em novos meios de combate à neve na estrada. Em vez do sal, vai ser utilizada salmoura, que é mais eficaz e económico a derreter o gelo e a neve.
A novidade foi avançada por Carlos Alves, comandante distrital da Protecção Civil, que está já está a receber os planos dos municípios mais afectados pela neve, para, assim, se proceder a uma melhor coordenação dos meios.
Esta coordenação será feita, também, com as Estradas de Portugal e com as concessionarias das futuras auto-estradas e do IP2 e IC5, mas o comandante avisa que “problemas haverá sempre”.
“Problemas haverá sempre porque os meios não chegam para todos, o que faz com que tenha de se fazer uma utilização criteriosa e estabelecer prioridades para actuar nessas situações”, afirmou.
Ainda assim, Carlos Alves nota que também as concessionárias apostaram num reforço dos meios e na colocação de mais pontos de sal no IP4. Recorde-se que as Estradas de Portugal têm dois limpa neves, a que se juntam mais três da concessionaria da Auto-Estrada XXI.
Fonte :Mensageiro de Bragança
Foto.Carla A. Gonçalves
GNR recupera castanhas roubadas em Rossas
A GNR recuperou 2 toneladas de castanhas que tinham sido furtadas num armazém em Santa Comba de Rossas, no concelho de Bragança.
Após vigilâncias e investigações, militares do Núcleo de Investigação Criminal e do Posto Territorial de Bragança conseguiram interceptar o produto no mesmo dia em que foi roubado.
A GNR teve conhecimento do assalto na manhã da passada terça-feira e recuperou as castanhas furtadas por volta das 18 horas do mesmo dia.
Na sequência da operação da GNR foram, ainda, identificados três suspeitos, dois residentes em Bragança e o outro na aldeia de Santa Comba de Rossas, com idades entre os 16 e os 19 anos.
Fonte: Jornal Nordeste
Após vigilâncias e investigações, militares do Núcleo de Investigação Criminal e do Posto Territorial de Bragança conseguiram interceptar o produto no mesmo dia em que foi roubado.
A GNR teve conhecimento do assalto na manhã da passada terça-feira e recuperou as castanhas furtadas por volta das 18 horas do mesmo dia.
Na sequência da operação da GNR foram, ainda, identificados três suspeitos, dois residentes em Bragança e o outro na aldeia de Santa Comba de Rossas, com idades entre os 16 e os 19 anos.
Fonte: Jornal Nordeste
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
“Fui acusado sem provas” diz Sérgio Casca
Em 1994, na Estrada Nacional 103, dois militares da GNR foram baleados à queima-roupa, naquele que foi um dos crimes mais brutais da década de 90 em Trás-os-Montes.
Uma impressão palmar de Sérgio Casca na viatura da Brigada de Trânsito (BT) foi o suficiente para o condenar a 20 anos pelo duplo homicídio dos seus colegas na BT.
Desde o princípio que clama a sua inocência. Saiu ao fim de 10 anos, 6 meses e 22 dias, passados, maioritariamente no Presídio Militar de Santarém.
Jornal Nordeste (JN): Casado recentemente e com uma filha pequenina, como é que reagiu a sua família quando recebeu a sentença de 20 anos?
Sérgio Casca (SC): Uma pessoa quando está numa situação dessas sente a maior revolta do mundo. Foi um rombo que a minha família levou! A minha mulher nunca duvidou de mim porque esteve sempre comigo, ela e os meus pais. Nem podia duvidar. Uma pessoa consciente sabe onde estava, a que horas chegou e a que horas saiu. É difícil é para os meus pais entenderem a Justiça. Na altura, tinham 61, 62 anos, pessoas da aldeia, pouco letradas, que sempre acreditaram na Justiça, como é que eles entendem uma situação destas, depois de saberem que àquela hora, das 19:30 às 23:30, eu estive com eles em Peleias. Além da minha esposa e dos meus pais, também esteve lá em casa, durante toda a noite, uma vizinha nossa, que também testemunhou.
JN: Ou seja, não foi só o depoimento dos seus familiares a ser desvalorizado em julgamento. Houve outras pessoas a testemunharem?
SC: Sim! Houve mais pessoas que testemunharam... Inclusive, um rapaz que trabalha na Câmara Municipal de Vinhais, mais velho do que eu, e que é de uma aldeia próxima da minha. Ou seja, eu para chegar à minha aldeia tenho, obrigatoriamente, de passar pelo meio da aldeia dele, que é Sobreiró de Cima. Nas terras pequenas, toda a gente se conhece e o rapaz foi testemunhar a que horas me viu passar. São cinco pessoas a testemunharem. Não é só o testemunho dos meus familiares... E mais, no regresso a Bragança, à saída de Vinhais, encontrei uma barragem da GNR. Eu vinha com a minha esposa e parei aí para falar com eles. Esses militares da GNR vieram, também, testemunhar à hora que eu estive com eles.
JN: O facto dos depoimentos de familiares serem, em parte, desvalorizados, até se compreende. Mas como explica os outros testemunhos não terem sido levados em linha de conta?
SC: O depoimento dessa vizinha, já na altura era uma pessoa com 70 anos, mas não era maluca, foi, então, desvalorizado pelo tribunal pelas seguintes palavras textualmente: “por a senhora ser de proveta idade, podia-se ter trocado no dia”. A pessoa sabia muito bem o dia que foi porque no dia seguinte, de manhã, o filho dela telefonou de Lisboa a perguntar se eu é que tinha sido morto. Como tinha a fama de mau, pensava que tinha sido eu o assassinado. E a mãe disse-lhe que não porque tinha estado toda a noite comigo. E é uma data que fica marcada na memória.
E o rapaz de Sobreiró de Cima, que me viu passar, perguntaram-lhe porque é que se lembrava dessa noite. E ele disse que tinha chegado da vinha mais cedo para ir ver a bola, que nesse dia dava um jogo qualquer das competições europeias. As pessoas sabem, não são tontas, não se enganam assim com um acontecimento dessa natureza.
JN: Na sua opinião, passados 16 anos, que possibilidades encontra para o crime que vitimou os dois militares da GNR. O que é que pode ter acontecido naquela estrada?
SC: Há a possibilidade que foi abordada na reportagem da SIC, que é o tráfico de droga. Mas há outras tantas que podiam ter estado na origem do crime.
“O comandante não se recorda. Teve uma falha de memória! Mas, na altura, pintou um
quadro que não deixava dúvidas nenhumas”
JN: Mas essa para si é aquela que tem mais lógica?
SC: Sim!
JN: E os militares estariam envolvidos?
SC: Isso não sei! Em todas as entrevistas que já dei, eu nunca acusei, nem tenho provas para acusar ninguém. Eu fui acusado sem provas e sei o que me custou. Eu não faço esse tipo de juízo, nem posso fazê-lo.
JN: Na altura, aquilo que se constava era que havia muita corrupção no seio da GNR. Sabia o que acontecia na Corporação, sabia o que os outros militares faziam?
SC: Sabia, claro que sim! Toda a gente sabia. Mesmo as classes altas, ao nível do comando, estavam conscientes desses factos.
JN: Nunca se sentiu tentado a fazer parte do outro grupo?
SC: Não porque eu venho de uma família remediada. Não é uma família pobre... E sempre me incutiram que mais vale pouco e andar de cabeça levantada do que andar aí com um bom carro, uma boa casa e ser apontado. “Olha, aquele levou-me 50 euros. Olha, aquele chulou-me tanto!” Porque as pessoas dizem isso. Na frente, desfazem-se em prendas, mas, depois, por trás criticam. Ninguém dá nada se não for pressionado. Agora, nunca me senti tentado.
JN: Na reportagem da SIC, curiosamente, o comandante da altura, o major José Lopes Pereira, não se recorda já do que disse em julgamento sobre se o carro tinha sido ou não lavado.
SC: Não! O comandante não se recorda. Teve uma falha de memória! Mas, na altura, pintou um quadro que não deixava dúvidas nenhumas. Não sei o que é que se passou! Acho muito estranha essa falta de memória. Mas se lerem o processo vão lá encontrar, também, excertos muito estranhos que não foram explicados.
JN: Na época, segundo consta, tinha a fama de implacável, uma reputação de não facilitar, falo, especificamente, das multas. Isso contribuía para que não tivesse muitos amigos. Correcto?
SC: Sim! Eu era muito rigoroso. E é verdade que não fiz muitos amigos, mas os poucos que fiz acho que são bons, verdadeiros. E têm-mo demonstrado onde me encontram que ficou ali qualquer coisa.
JN: Se pudesse recuar no tempo, alteraria a sua atitude ou faria algo de diferente no que diz respeito à sua defesa?
SC: No que diz respeito à minha atitude não, porque foi sempre a mesma e foi a atitude correcta. Em relação à minha defesa, sim, sem dúvida, porque as pessoas ficaram com uma ideia errada. A minha defesa foi conduzida por dois bons advogados daqui de Vinhais. Talvez, um bocado inexperientes neste género de situações, mas não tenho razão de queixa deles. O dr. João Nabais só se juntou à equipa para a fase do julgamento.
JN: Não acha que a contratação do advogado João Nabais para a equipa terá influído na sua defesa?
SC: Hoje sei que sim. Até porque foi-me transmitido isso há muito pouco tempo por uma pessoa amiga de que eu tinha cometido um erro de casting ao contratar o João Nabais para me vir defender.
JN: Essa contratação pode ter transmitido a ideia de que os advogados daqui não eram competentes o suficiente e pode mesmo ter prejudicado a sua defesa. Ainda por cima, uma figura pública, vinda de Lisboa...
SC: O João Nabais só veio por indicação de um dos meus advogados que conduziu o processo. Não fui eu que disse, quero o João Nabais. Ele é que mo indicou como sendo uma figura de topo naquela altura e eu achei que seria benéfico ele vir. Afinal, parece que não, parece que me foi prejudicial.
JN: Um dia antes do crime, detiveram um indivíduo por excesso de álcool com 1,025 g/l. Na manhã seguinte, levaram-no ao tribunal na viatura T313? Aquela que foi usada pelos agentes assassinados e onde foi encontrada a sua impressão palmar.
SC: Sim, fomos na mesma viatura. No T313.
“Toda a gente sabia. Mesmo as classes altas, ao nível do comando, estavam conscientes desses factos [corrupção na BT-GNR]
JN: E porque é que o advogado do detido não foi ouvido no seu julgamento, já que afirmou tê-lo visto em tribunal na manhã do crime?
SC: Isso terá que ser perguntado aos advogados de defesa, pois já nessa altura se conhecia essa acta do tribunal e que o advogado tinha sido Lisandro Rodrigues. Se não foi chamado, assim como outros meus colegas, foi porque os meus advogados entenderam que não deviam ser. Aí, acho que agiram erradamente. O processo devia ser entregue aos acusados, mas não é isso que se passa. Eu só tive acesso ao meu processo após o primeiro recurso para o Supremo. O que não faz sentido! Nem depois da sentença... A mim, ainda hoje me acusam por ter ficado calado, mas eu só não falei por causa de uma estratégia de defesa dos meus advogados. Outra estratégia errada... O advogado que eu tenho hoje é de opinião precisamente contrária. Ele defende que devia ter falado logo de início. Agora, eles não me deixaram fazer isso. Eles mantiveram-me calado até ao último momento. Quando uma pessoa vai cega para julgamento, tem de confiar plenamente na pessoa que o defende.
JN: E então o facto de haver duas testemunhas a garantir que Mário Marques lhes havia dito, semanas atrás, que tinha apreendido um quilo de droga?
SC: Disse-o à mãe, esta repetiu-o em julgamento, e disse-o a uma ex-namorada, de nome Paula, que apesar de ter sido entrevistada pela PJ, não a conseguiram encontrar para prestar depoimento no tribunal. Não compreendo! Ainda por cima, o comando disse em tribunal que não tinha havido nenhuma apreensão de droga.
Por: Bruno Mateus Filena - Jornal Nordeste
Uma impressão palmar de Sérgio Casca na viatura da Brigada de Trânsito (BT) foi o suficiente para o condenar a 20 anos pelo duplo homicídio dos seus colegas na BT.
Desde o princípio que clama a sua inocência. Saiu ao fim de 10 anos, 6 meses e 22 dias, passados, maioritariamente no Presídio Militar de Santarém.
Jornal Nordeste (JN): Casado recentemente e com uma filha pequenina, como é que reagiu a sua família quando recebeu a sentença de 20 anos?
Sérgio Casca (SC): Uma pessoa quando está numa situação dessas sente a maior revolta do mundo. Foi um rombo que a minha família levou! A minha mulher nunca duvidou de mim porque esteve sempre comigo, ela e os meus pais. Nem podia duvidar. Uma pessoa consciente sabe onde estava, a que horas chegou e a que horas saiu. É difícil é para os meus pais entenderem a Justiça. Na altura, tinham 61, 62 anos, pessoas da aldeia, pouco letradas, que sempre acreditaram na Justiça, como é que eles entendem uma situação destas, depois de saberem que àquela hora, das 19:30 às 23:30, eu estive com eles em Peleias. Além da minha esposa e dos meus pais, também esteve lá em casa, durante toda a noite, uma vizinha nossa, que também testemunhou.
JN: Ou seja, não foi só o depoimento dos seus familiares a ser desvalorizado em julgamento. Houve outras pessoas a testemunharem?
SC: Sim! Houve mais pessoas que testemunharam... Inclusive, um rapaz que trabalha na Câmara Municipal de Vinhais, mais velho do que eu, e que é de uma aldeia próxima da minha. Ou seja, eu para chegar à minha aldeia tenho, obrigatoriamente, de passar pelo meio da aldeia dele, que é Sobreiró de Cima. Nas terras pequenas, toda a gente se conhece e o rapaz foi testemunhar a que horas me viu passar. São cinco pessoas a testemunharem. Não é só o testemunho dos meus familiares... E mais, no regresso a Bragança, à saída de Vinhais, encontrei uma barragem da GNR. Eu vinha com a minha esposa e parei aí para falar com eles. Esses militares da GNR vieram, também, testemunhar à hora que eu estive com eles.
JN: O facto dos depoimentos de familiares serem, em parte, desvalorizados, até se compreende. Mas como explica os outros testemunhos não terem sido levados em linha de conta?
SC: O depoimento dessa vizinha, já na altura era uma pessoa com 70 anos, mas não era maluca, foi, então, desvalorizado pelo tribunal pelas seguintes palavras textualmente: “por a senhora ser de proveta idade, podia-se ter trocado no dia”. A pessoa sabia muito bem o dia que foi porque no dia seguinte, de manhã, o filho dela telefonou de Lisboa a perguntar se eu é que tinha sido morto. Como tinha a fama de mau, pensava que tinha sido eu o assassinado. E a mãe disse-lhe que não porque tinha estado toda a noite comigo. E é uma data que fica marcada na memória.
E o rapaz de Sobreiró de Cima, que me viu passar, perguntaram-lhe porque é que se lembrava dessa noite. E ele disse que tinha chegado da vinha mais cedo para ir ver a bola, que nesse dia dava um jogo qualquer das competições europeias. As pessoas sabem, não são tontas, não se enganam assim com um acontecimento dessa natureza.
JN: Na sua opinião, passados 16 anos, que possibilidades encontra para o crime que vitimou os dois militares da GNR. O que é que pode ter acontecido naquela estrada?
SC: Há a possibilidade que foi abordada na reportagem da SIC, que é o tráfico de droga. Mas há outras tantas que podiam ter estado na origem do crime.
“O comandante não se recorda. Teve uma falha de memória! Mas, na altura, pintou um
quadro que não deixava dúvidas nenhumas”
JN: Mas essa para si é aquela que tem mais lógica?
SC: Sim!
JN: E os militares estariam envolvidos?
SC: Isso não sei! Em todas as entrevistas que já dei, eu nunca acusei, nem tenho provas para acusar ninguém. Eu fui acusado sem provas e sei o que me custou. Eu não faço esse tipo de juízo, nem posso fazê-lo.
JN: Na altura, aquilo que se constava era que havia muita corrupção no seio da GNR. Sabia o que acontecia na Corporação, sabia o que os outros militares faziam?
SC: Sabia, claro que sim! Toda a gente sabia. Mesmo as classes altas, ao nível do comando, estavam conscientes desses factos.
JN: Nunca se sentiu tentado a fazer parte do outro grupo?
SC: Não porque eu venho de uma família remediada. Não é uma família pobre... E sempre me incutiram que mais vale pouco e andar de cabeça levantada do que andar aí com um bom carro, uma boa casa e ser apontado. “Olha, aquele levou-me 50 euros. Olha, aquele chulou-me tanto!” Porque as pessoas dizem isso. Na frente, desfazem-se em prendas, mas, depois, por trás criticam. Ninguém dá nada se não for pressionado. Agora, nunca me senti tentado.
JN: Na reportagem da SIC, curiosamente, o comandante da altura, o major José Lopes Pereira, não se recorda já do que disse em julgamento sobre se o carro tinha sido ou não lavado.
SC: Não! O comandante não se recorda. Teve uma falha de memória! Mas, na altura, pintou um quadro que não deixava dúvidas nenhumas. Não sei o que é que se passou! Acho muito estranha essa falta de memória. Mas se lerem o processo vão lá encontrar, também, excertos muito estranhos que não foram explicados.
JN: Na época, segundo consta, tinha a fama de implacável, uma reputação de não facilitar, falo, especificamente, das multas. Isso contribuía para que não tivesse muitos amigos. Correcto?
SC: Sim! Eu era muito rigoroso. E é verdade que não fiz muitos amigos, mas os poucos que fiz acho que são bons, verdadeiros. E têm-mo demonstrado onde me encontram que ficou ali qualquer coisa.
JN: Se pudesse recuar no tempo, alteraria a sua atitude ou faria algo de diferente no que diz respeito à sua defesa?
SC: No que diz respeito à minha atitude não, porque foi sempre a mesma e foi a atitude correcta. Em relação à minha defesa, sim, sem dúvida, porque as pessoas ficaram com uma ideia errada. A minha defesa foi conduzida por dois bons advogados daqui de Vinhais. Talvez, um bocado inexperientes neste género de situações, mas não tenho razão de queixa deles. O dr. João Nabais só se juntou à equipa para a fase do julgamento.
JN: Não acha que a contratação do advogado João Nabais para a equipa terá influído na sua defesa?
SC: Hoje sei que sim. Até porque foi-me transmitido isso há muito pouco tempo por uma pessoa amiga de que eu tinha cometido um erro de casting ao contratar o João Nabais para me vir defender.
JN: Essa contratação pode ter transmitido a ideia de que os advogados daqui não eram competentes o suficiente e pode mesmo ter prejudicado a sua defesa. Ainda por cima, uma figura pública, vinda de Lisboa...
SC: O João Nabais só veio por indicação de um dos meus advogados que conduziu o processo. Não fui eu que disse, quero o João Nabais. Ele é que mo indicou como sendo uma figura de topo naquela altura e eu achei que seria benéfico ele vir. Afinal, parece que não, parece que me foi prejudicial.
JN: Um dia antes do crime, detiveram um indivíduo por excesso de álcool com 1,025 g/l. Na manhã seguinte, levaram-no ao tribunal na viatura T313? Aquela que foi usada pelos agentes assassinados e onde foi encontrada a sua impressão palmar.
SC: Sim, fomos na mesma viatura. No T313.
“Toda a gente sabia. Mesmo as classes altas, ao nível do comando, estavam conscientes desses factos [corrupção na BT-GNR]
JN: E porque é que o advogado do detido não foi ouvido no seu julgamento, já que afirmou tê-lo visto em tribunal na manhã do crime?
SC: Isso terá que ser perguntado aos advogados de defesa, pois já nessa altura se conhecia essa acta do tribunal e que o advogado tinha sido Lisandro Rodrigues. Se não foi chamado, assim como outros meus colegas, foi porque os meus advogados entenderam que não deviam ser. Aí, acho que agiram erradamente. O processo devia ser entregue aos acusados, mas não é isso que se passa. Eu só tive acesso ao meu processo após o primeiro recurso para o Supremo. O que não faz sentido! Nem depois da sentença... A mim, ainda hoje me acusam por ter ficado calado, mas eu só não falei por causa de uma estratégia de defesa dos meus advogados. Outra estratégia errada... O advogado que eu tenho hoje é de opinião precisamente contrária. Ele defende que devia ter falado logo de início. Agora, eles não me deixaram fazer isso. Eles mantiveram-me calado até ao último momento. Quando uma pessoa vai cega para julgamento, tem de confiar plenamente na pessoa que o defende.
JN: E então o facto de haver duas testemunhas a garantir que Mário Marques lhes havia dito, semanas atrás, que tinha apreendido um quilo de droga?
SC: Disse-o à mãe, esta repetiu-o em julgamento, e disse-o a uma ex-namorada, de nome Paula, que apesar de ter sido entrevistada pela PJ, não a conseguiram encontrar para prestar depoimento no tribunal. Não compreendo! Ainda por cima, o comando disse em tribunal que não tinha havido nenhuma apreensão de droga.
Por: Bruno Mateus Filena - Jornal Nordeste
Empresário de Ourense investe na transformação da castanha - Marron glacê com sabor espanhol
Trabalha há 50 anos no sector da castanha, José Posada, empresário da região espanhola de Ourense , tem investido no sector da transformação para valorizar o produto.
A confecção de ‘marron glacês’ é uma das suas apostas mais recentes, mas ainda a considera “uma pequena parte do seu negócio”, pois a sua fábrica produz mais 39 produtos, com castanha, nomeadamente farinha, congelados, cremes, purés e até vende castanhas assadas para o Brasil.
Actualmente exporta para 17 países. “Há várias décadas que trabalho com castanhas, comecei com a venda em fresco para evoluir até aos produtos mais sofisticados, como marron glacê. Vender a castanha em fresco é comercializar sem valor acrescentado, qualquer um faz isso”, explicou o empresário, que compra uma parte importante da castanha que labora na sua fábrica em Trás-os-Montes. Actualmente só transforma 800 toneladas. “É pouco”, confessou.
José Posada considera que na Terra Fria falta apostar na transformação deste fruto seco, para o valorizar e consequentemente obter um produto mais caro e logo mais rentável. “É preciso investir na embalagem, na transformação, no sabor, para chegar mais longe”, aconselhou. Todavia não nega que tudo isto exige mais investimento. “As empresas passam a ter mais gastos, na apresentação, na embalagem, na promoção. A transformação também representa um caminho longo e espinhoso.
É complicado chegar a novos mercados porque há muitos produtores de França e de Itália que começaram há mais tempo e já têm uma fatia de mercado”.
“Aqui em Bragança existe uma fábrica que descasca e congela, isso já é um passo importante, mesmo que não pareça. Os produtos mais requintados representam outra etapa”, explicou o empresário.
In:Jornal Nordeste
A confecção de ‘marron glacês’ é uma das suas apostas mais recentes, mas ainda a considera “uma pequena parte do seu negócio”, pois a sua fábrica produz mais 39 produtos, com castanha, nomeadamente farinha, congelados, cremes, purés e até vende castanhas assadas para o Brasil.
Actualmente exporta para 17 países. “Há várias décadas que trabalho com castanhas, comecei com a venda em fresco para evoluir até aos produtos mais sofisticados, como marron glacê. Vender a castanha em fresco é comercializar sem valor acrescentado, qualquer um faz isso”, explicou o empresário, que compra uma parte importante da castanha que labora na sua fábrica em Trás-os-Montes. Actualmente só transforma 800 toneladas. “É pouco”, confessou.
José Posada considera que na Terra Fria falta apostar na transformação deste fruto seco, para o valorizar e consequentemente obter um produto mais caro e logo mais rentável. “É preciso investir na embalagem, na transformação, no sabor, para chegar mais longe”, aconselhou. Todavia não nega que tudo isto exige mais investimento. “As empresas passam a ter mais gastos, na apresentação, na embalagem, na promoção. A transformação também representa um caminho longo e espinhoso.
É complicado chegar a novos mercados porque há muitos produtores de França e de Itália que começaram há mais tempo e já têm uma fatia de mercado”.
“Aqui em Bragança existe uma fábrica que descasca e congela, isso já é um passo importante, mesmo que não pareça. Os produtos mais requintados representam outra etapa”, explicou o empresário.
In:Jornal Nordeste
Atropelamento mortal em Bragança de uma finalista do IPB
A academia do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) está de luto, devido à morte de uma aluna da Escola Superior Agrária, vítima de atropelamento na noite da passada quarta-feira.
Eram cerca das 22h00, quando a jovem de 24 anos foi colhida por um carro na Alameda de Santa Apolónia, nas proximidades da instituição de ensino, quando atravessava a estrada. Na altura do acidente, a estudante foi socorrida pela VMER e pelos Bombeiros de Bragança que a transportaram para a unidade hospitalar local, de onde foi transferida, já de madrugada, de helicóptero, para o Hospital de Santo António, no Porto, devido à gravidade dos ferimentos, nomeadamente ao nível da coluna vertebral.
A jovem, Carla Monteiro, natural do Marco de Canavezes, aluna do 3º ano de Engenharia Biotecnológica, encontrava-se em coma desde o acidente e acabou por falecer na passada sexta-feira à tarde.
O condutor do veículo é de Bragança, está identificado pelas autoridades, e segundo o Jornal Nordeste apurou ficou no local a acompanhar a situação.
A Associação Académica do IPB decretou três dias de luto. “Vamos ainda fazer uma homenagem no pavilhão do Nerba, onde vai decorrer a Semana do Caloiro. O IPB disponibilizou um autocarro para transportar os alunos que tenham interesse em ir ao funeral”, explicou Rui Sousa, presidente daquela associação.
“É uma zona escura, e como anda em obras, ainda existem
mais transtornos e
constrangimentos”
Ainda antes de a aluna falecer, no dia a seguir ao atropelamento, a Associação Académica reuniu com o presidente da Câmara de Bragança, Jorge Nunes, para solicitar um reforço das medidas de segurança naquela artéria da cidade. “É uma zona escura, e como anda em obras, ainda existem mais transtornos e constrangimentos”, referiu o dirigente associativo.
Os estudantes tiveram a promessa do autarca de que já existe um plano de melhorar a iluminação no local inserido no Projecto da Ciclovia, que está em construção em torno do IPB. “Deu-nos ainda a garantia de que vai ser reforçada a iluminação do outro lado da rua”, acrescentou Rui Sousa.
No entanto, os alunos defendem a instalação de sinais luminosos para identificar melhor as bandas sonoras instaladas junto às passadeiras. “A zona é escura, o que faz com que durante a noite não se vejam bem as bandas sonoras. Ainda há pouco tempo um grupo de cerca de 30 alunos iam sendo atropelados quando iam a atravessar a rua”, lamentou Rui Sousa.
Jorge Nunes garante que a zona tem segurança, mas avança que a iluminação será melhorada.
Fonte:Glória Lopes - Jornal Nordeste
Eram cerca das 22h00, quando a jovem de 24 anos foi colhida por um carro na Alameda de Santa Apolónia, nas proximidades da instituição de ensino, quando atravessava a estrada. Na altura do acidente, a estudante foi socorrida pela VMER e pelos Bombeiros de Bragança que a transportaram para a unidade hospitalar local, de onde foi transferida, já de madrugada, de helicóptero, para o Hospital de Santo António, no Porto, devido à gravidade dos ferimentos, nomeadamente ao nível da coluna vertebral.
A jovem, Carla Monteiro, natural do Marco de Canavezes, aluna do 3º ano de Engenharia Biotecnológica, encontrava-se em coma desde o acidente e acabou por falecer na passada sexta-feira à tarde.
O condutor do veículo é de Bragança, está identificado pelas autoridades, e segundo o Jornal Nordeste apurou ficou no local a acompanhar a situação.
A Associação Académica do IPB decretou três dias de luto. “Vamos ainda fazer uma homenagem no pavilhão do Nerba, onde vai decorrer a Semana do Caloiro. O IPB disponibilizou um autocarro para transportar os alunos que tenham interesse em ir ao funeral”, explicou Rui Sousa, presidente daquela associação.
“É uma zona escura, e como anda em obras, ainda existem
mais transtornos e
constrangimentos”
Ainda antes de a aluna falecer, no dia a seguir ao atropelamento, a Associação Académica reuniu com o presidente da Câmara de Bragança, Jorge Nunes, para solicitar um reforço das medidas de segurança naquela artéria da cidade. “É uma zona escura, e como anda em obras, ainda existem mais transtornos e constrangimentos”, referiu o dirigente associativo.
Os estudantes tiveram a promessa do autarca de que já existe um plano de melhorar a iluminação no local inserido no Projecto da Ciclovia, que está em construção em torno do IPB. “Deu-nos ainda a garantia de que vai ser reforçada a iluminação do outro lado da rua”, acrescentou Rui Sousa.
No entanto, os alunos defendem a instalação de sinais luminosos para identificar melhor as bandas sonoras instaladas junto às passadeiras. “A zona é escura, o que faz com que durante a noite não se vejam bem as bandas sonoras. Ainda há pouco tempo um grupo de cerca de 30 alunos iam sendo atropelados quando iam a atravessar a rua”, lamentou Rui Sousa.
Jorge Nunes garante que a zona tem segurança, mas avança que a iluminação será melhorada.
Fonte:Glória Lopes - Jornal Nordeste
Agricultores desistem da azeitona em Valpaços
São cada vez mais os proprietários de olivais que deixam a azeitona nas árvores. O despovoamento das aldeias está provocar também consequências nas campanhas de apanha do olival tradicional, mais exigente em mão-de-obra.
Nem sempre este tipo de olival permite a entrada de tractores agrícolas, e as oliveiras antigas são mais frágeis e aguentam menos o impacto da vara mecânica.
“Não temos muita alternativa, porque já não temos idade, nem saúde, para apanhar a azeitona. Por cá praticamente não se arranja mão-de-obra”, lamentou António Isidoro, reformado. Ainda não é este ano que este ex-agricultor vai deixar a sua azeitona no campo, mas só não o faz porque conta com a ajuda dos filhos, que habitualmente o auxiliam nos trabalhos do campo. “Mas tenho aqui um vizinho que já deixou a azeitona no olival no ano passado, e este ano deve fazer o mesmo”, contou António Isidoro.
O custo da mão-de-obra também é pouco aliciante para uma fatia considerável dos pequenos proprietários rurais, muitos dos quais vivem das magras reformas, pouco mais de 200 euros/mensais. Este ano, em Cabanelas quem quiser contratar um homem para manobrar a máquina de varejar mecânica terá de despender 55 euros, por uma jornada de oito horas diárias. “Como é que a gente pode pagar isto! Os mais velhos dificilmente podem pagar essa quantia. É muito difícil aguentar o olival”, explicou Cremilde Amélia Patatas.
Só se começa a trabalhar
depois da Cooperativa
de Valpaços abrir as portas
O baixo preço a que se vende a azeitona, também contribuiu para o desânimo dos produtores. No ano passado, a Cooperativa de Valpaços pagou a 25 cêntimos o quilograma. Este ano o preço ainda não está estipulado, mas os agricultores temem que baixe ainda mais, até aos 20 cêntimos. “Com preços tão baixos não conseguimos apurar para pagar a mão-de-obra. É impossível, ainda ficávamos com prejuízo”, acrescentou Cremilde Amélia Patatas.
São também muitos os que preferem apanhar apenas azeitona suficiente para produzir azeite para consumo próprio, a restante é deixada nas árvores.
Cabanelas é terra de azeitona e azeite. A aldeia está rodeada de olivais e diz quem lá mora que durante a campanha saem dali toneladas de azeitona. “É que são centenas de tractores bem carregados, até dá gosto vê-los passar. Sempre me lembro dos meus tempos de juventude, quando andávamos à azeitona durante várias semanas”, recordou António Isidoro.
Este ano, estão à espera de uma boa safra. Apesar das recomendações da Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro (AOTAD) apontarem para as vantagens de se fazer a campanha da azeitona cedo, para se conseguir azeite de melhor qualidade. Estas teorias não convencem os agricultores. “Ainda está verde, estes dias de sol vão fazer-lhe bem. Assim como fez a chuva da semana passada”, asseverou o agricultor reformado.
A campanha da apanha deste ano só deve começar esta semana, assim que abrir a Cooperativa Agrícola de Valpaços, onde a maioria entrega a colheita de azeitona. “Até abrir a cooperativa não temos onde entregar a produção. Só se começa a trabalhar depois de aquela abrir as portas”, explicaram os agricultores locais.
Fonte:Glória Lopes
Jornal Nordeste
Nem sempre este tipo de olival permite a entrada de tractores agrícolas, e as oliveiras antigas são mais frágeis e aguentam menos o impacto da vara mecânica.
“Não temos muita alternativa, porque já não temos idade, nem saúde, para apanhar a azeitona. Por cá praticamente não se arranja mão-de-obra”, lamentou António Isidoro, reformado. Ainda não é este ano que este ex-agricultor vai deixar a sua azeitona no campo, mas só não o faz porque conta com a ajuda dos filhos, que habitualmente o auxiliam nos trabalhos do campo. “Mas tenho aqui um vizinho que já deixou a azeitona no olival no ano passado, e este ano deve fazer o mesmo”, contou António Isidoro.
O custo da mão-de-obra também é pouco aliciante para uma fatia considerável dos pequenos proprietários rurais, muitos dos quais vivem das magras reformas, pouco mais de 200 euros/mensais. Este ano, em Cabanelas quem quiser contratar um homem para manobrar a máquina de varejar mecânica terá de despender 55 euros, por uma jornada de oito horas diárias. “Como é que a gente pode pagar isto! Os mais velhos dificilmente podem pagar essa quantia. É muito difícil aguentar o olival”, explicou Cremilde Amélia Patatas.
Só se começa a trabalhar
depois da Cooperativa
de Valpaços abrir as portas
O baixo preço a que se vende a azeitona, também contribuiu para o desânimo dos produtores. No ano passado, a Cooperativa de Valpaços pagou a 25 cêntimos o quilograma. Este ano o preço ainda não está estipulado, mas os agricultores temem que baixe ainda mais, até aos 20 cêntimos. “Com preços tão baixos não conseguimos apurar para pagar a mão-de-obra. É impossível, ainda ficávamos com prejuízo”, acrescentou Cremilde Amélia Patatas.
São também muitos os que preferem apanhar apenas azeitona suficiente para produzir azeite para consumo próprio, a restante é deixada nas árvores.
Cabanelas é terra de azeitona e azeite. A aldeia está rodeada de olivais e diz quem lá mora que durante a campanha saem dali toneladas de azeitona. “É que são centenas de tractores bem carregados, até dá gosto vê-los passar. Sempre me lembro dos meus tempos de juventude, quando andávamos à azeitona durante várias semanas”, recordou António Isidoro.
Este ano, estão à espera de uma boa safra. Apesar das recomendações da Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro (AOTAD) apontarem para as vantagens de se fazer a campanha da azeitona cedo, para se conseguir azeite de melhor qualidade. Estas teorias não convencem os agricultores. “Ainda está verde, estes dias de sol vão fazer-lhe bem. Assim como fez a chuva da semana passada”, asseverou o agricultor reformado.
A campanha da apanha deste ano só deve começar esta semana, assim que abrir a Cooperativa Agrícola de Valpaços, onde a maioria entrega a colheita de azeitona. “Até abrir a cooperativa não temos onde entregar a produção. Só se começa a trabalhar depois de aquela abrir as portas”, explicaram os agricultores locais.
Fonte:Glória Lopes
Jornal Nordeste
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