Mais de 3500 pessoas participaram no IV Encontro de Gerações de Vinhais, uma moldura humana que impressionou o próprio presidente da Câmara, Américo Pereira.
O evento teve lugar anteontem, no largo do Santo António, à entrada da vila, e juntou gente de todas as idades e de todas as aldeias do concelho, num almoço animado pela actuação do grupo de pauliteiros de Miranda do Douro e pelo artista Nel Monteiro. Do programa constou ainda uma missa campal, animação musical com as bandas filarmónicas de Rebordelo e Vinhais.
A festa foi rija e a alegria era patente nos rostos dos mais velhos que assim tiveram oportunidade de rever pessoas que, em alguns casos, não viam há décadas e de reatar amizades antigas.
O Encontro de Gerações tem co mo objectivo promover um encontro dos residentes no concelho para, pelo menos uma vez por ano, terem oportunidade de se conhecerem e conviverem.
“Vivemos num mundo cada vez mais egoísta, mas nos nossos concelhos predomina uma população mais idosa e as autarquias devem ter a preocupação de se associarem e fazerem estes convívios”, explicou o autarca.
Contributo das Juntas
de Freguesia é decisivo
para mobilizar população
A mega organização que contou com a ajuda dos presidentes de Junta das várias freguesias, um empenho realçado por Américo Pereira. “O objectivo é que as pessoas venham, se encontrem e convivam”, sublinhou.
O concelho de Vinhais tem um número elevado de população idosa e a solidão é um dos problemas que esta faixa etária enfrenta. “Não foi difícil juntar tanta gente, gostamos que toda a gente venha, é um trabalho feito pelas Juntas que nestas alturas esquecem as divisões políticas e ideológicas e associam-se todas a esta magnifica festa”, defendeu.
Américo Pereira não esconde que o concelho podia estar melhor servido de instituições de apoio aos idosos e reconhece que há carências. “Estamos a tentar inverter essa pirâmide. No final deste mandato estaremos razoavelmente bem servidos, mas ainda não estamos”, afirmou. Em fase de conclusão estão vários equipamentos, nomeadamente nas aldeias de Moimenta e Rebordelo.
Glória Lopes- Jornal Nordeste
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