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domingo, 11 de julho de 2010

Confraria Ibérica quer Bragança como capital da castanha

A Confraria Ibérica da Castanha quer alargar o raio de acção a outros países da União Europeia, para além de Portugal e Espanha. 


A ideia foi defendida este fim-de-semana, durante da assembleia-geral da confraria que teve lugar no Teatro Municipal de Bragança. 

França e Itália podem ser os primeiros países onde se vai investir. O objectivo da confraria é ganhar uma posição de liderança e transformar Bragança na capital da castanha ao nível europeu. O grão-mestre da Confraria Ibérica da Castanha, Gilberto Batista, referiu que o alargamento a outros países passa por conquistar confrades de países que têm sido representados por vários oradores estrangeiros em colóquios organizados pela entidade transmontana. “De França já temos alguns, mas agora é preciso começar a apostar na Itália”, referiu. “Estes são os países que nos interessam mais pois são eles quem mais dinheiro ganha, com a castanha, porque lhe dão maior valor acrescentado”, acrescentou. 


Cada vez mais a confraria se quer afirmar como catalisador e condutor do processo relacionado com a castanha. 
A Assembleia-geral da Confraria Ibérica da Castanha, que incluiu a apresentação do relatório de contas de 2009, aprovou ainda a proposta de admissão de 15 novos confrades e eleição os órgãos sociais para 2010/2011. 


Na mesma sessão destacou-se a necessidade de organizar actividades fora da época do fruto, no Outono, o que poderá passar pelo aproveitamento na gastronomia e o aproveitamento no novo conceito de turismo, através da realização das rotas do castanheiro em flor. Mas, para o efeito é necessário partir para o terreno e sinalizar percursos, tornando-os visitáveis. No final das actividades da assembleia-geral, os confrades participaram num passeio por uma zona de castanheiro em flor em várias aldeias, nomeadamente em Donai, com paragem em Oleiros, seguindo por Rabal até Palácios, onde decorreu a entronização dos novos confrades. Neste grupo destacou-se o professor Vera-Cruz Pinto, director da Faculdade de Direito de Lisboa. 
“Nos últimos três anos criaram-
-se mais produtos à base 
de castanha do que em 50 anos”


Posteriormente foi servido um jantar com pratos confeccionados com castanha. O grão-mestre da Confraria realçou a importância de introduzir na gastronomia pratos à base de castanha, e que o facto de estarem a degustar estas iguarias “se devia ao empenho que tem trabalhado para que a castanha seja valorizada”.
Para o grão-mestre “nos últimos três anos criaram-se mais produtos à base de castanha do que em 50 anos”, e dá como exemplos o «Ouriço de Bragança», um doce da autoria de Eurico Castro, e o «sabonete de castanha», apresentado pela «Oriflame» na «Norcastanha».


Jornal Nordeste

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