A concelhia social-democrata de Vinhais acusa a câmara municipal de ter dois pesos e duas medidas.
O presidente da estrutura partidária diz que a autarquia não pode obrigar os munícipes a cumprir a lei quando é a própria câmara a primeira a desrespeitá-la.
Carlos Costa refere-se à viatura municipal que foi interceptada, terça-feira, no IP4 a transportar explosivos de forma ilegal.
O social-democrata considera que é a imagem da câmara que fica em causa numa situação em que o principal prejudicado é o funcionário que conduzia a viatura.
Carlos Costa diz que a câmara tem feito várias aquisições de explosivos nos últimos tempos.
“Isto tem acontecido de forma sistemática” denuncia, acrescentando que “a viatura que foi buscar os explosivos a Vila Real, ía hoje buscar mais 200 quilos, pois a requisição para a compra era de 400 quilos”.
O líder do PSD no concelho diz que “o que é grave é que o presidente da câmara exige aos cidadãos que cumpram a lei e quando não cumprem, manda autuar e neste caso não percebo como é que dá ordens para esta situação grave”.
Por outro lado, diz que “está a enxovalhar o nome da câmara de Vinhais e de um trabalhador que não pode recusar-se a fazer o trabalho porque se não o fizer é punido com um processo disciplinar”.
Carlos Costa não compreende porque é que a câmara precisa de tantos explosivos e por isso apela mesmo às autoridades policiais que investiguem os fins dados a esse material.
“Tem de explicar muito bem onde gasta tantos explosivos e por isso as autoridades têm de saber quantos explosivos comprou a câmara, como foram gastos, onde são armazenados, quem os gasta e o que fazem às sobras” afirma.
Contactado pela Brigantia, o presidente da câmara de Vinhais, Américo Pereira, não quis prestar quaisquer declarações sobre o assunto.
Escrito por Rádio Brigantia
Sem comentários:
Enviar um comentário