Esta primeira fase realiza-se a nível concelhio, procurando perscrutar jovens que se adequem ao perfil de Misses.
Em Bragança, Bruna Monteiro, Sara Freitas, Andreia Sofia Fernandes e Inês Teixeira sagraram-se vencedoras.
Mas entre as 10 jovens, apenas sete eram candidatas reais, já que um dos requerimentos exigidos é a nacionalidade portuguesa. Uma regra de ouro, pois o fim último será escolher uma jovem para representar Portugal, naquele que, indubitavelmente, é um dos concursos internacionais de beleza mais conceituados. Ora, das três jovens, duas eram de nacionalidade polaca e outra de origem africana.
Mas o júri abriu uma excepção e por condescendência, numa fase em que ainda é possível contornar os princípios básicos da competição, decidiu permitir às “outsiders” concorrer.
No concelho de Bragança, inicialmente, inscreveram-se cerca de 27 jovens. No entanto, depois de submetidas a uma pré-selecção, continuaram a concurso 17, mas sete desistiram, restando apenas as 10 candidatas que desfilaram no Moda Café. Um dos responsáveis da organização fundamenta o porquê. “Este tipo de concurso é complicado porque tem-se de gerir meninas que nunca fizeram este tipo de evento. Muitas vezes são as amizades até que as levam a inscrever-se e depois, por uma falta de afirmação e até alguma vergonha tendem a desistir”, revelou Ricardo Monteverde, da Alibaba Eventos, empresa organizadora das primeiras fases da Miss Mundo Portugal na zona norte.
Só em cinco concelhos do distrito de Bragança estão inscritas 42 jovens.
Trata-se de um concurso algo amador nas pré-selecções até Lisboa. Isto porque são adolescentes, na sua grande maioria, inexperientes, que nunca pisaram uma passerelle, nem estão habituadas a “enfrentar” o público. Nestes casos, a moda traz, frequentemente, os nervos à flor da pele. Mas o que interessa mesmo é participar.
Para além da beleza, do movimento do corpo, da expressão facial, está em causa, principalmente, a atitude com que as candidatas desfilam sobre a passerelle. Mas esta competição reveste-se, também, de um cariz solidário, já que as candidatas deverão entregar géneros alimentares que serão, depois, doados a uma instituição de solidariedade social de Macedo de Cavaleiros. “O objectivo deste concurso é, não só eleger a próxima Miss Portugal, mas também tem uma causa social associada que é, qualquer candidata que se queira inscrever, tem de fazer uma doação de alimentos”, informou o produtor de Viana do Castelo.
A final distrital será a 30 de Junho em Macedo de Cavaleiros, durante a célebre Feira de S. Pedro. Seguir-se-á, depois, Lisboa, onde será escolhida a representante de Portugal na Miss Mundo. Nesse patamar, irá a concurso uma jovem de cada país, procurando conquistar a coroa da mais bela mulher do mundo.
No dia seguinte, sábado, o Moda Café celebrou o seu sétimo aniversário, sob a gerência dos irmãos Assis, com champanhe, bolo e um décor especial.
Por: Bruno Mateus Filena
Jornal Nordeste
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