Outros já têm casa, mas admitem não ter sido tarefa fácil. “No meu caso, não está a ser fácil.
Ainda estou à procura de um quarto. Parece que há muita procura e pouco oferta. Neste momento, estou alojado na Pousada da Juventude”, referiu um aluno. “Não foi fácil arranjar casa. As residências, onde planeava ficar, estão todas cheias. A casa foi um achado”, contou outra aluna.
A oferta de casas para arrendar a estudantes já não é suficiente. Nos últimos dois anos o problema agravou-se. Em Agosto muitos dos imóveis já estavam arrendados, conta Eugénia Batista, da Imobiliária Último Pilar, em Bragança. “Arrendámos a maior parte dos imóveis no mês de Agosto. Muitos jovens, que iam continuar, ficaram logo com os imóveis para o ano seguinte. Os restantes, que ficaram por arrendar ou entraram para o mercado, arrendámos tudo no mês de Setembro. Precisávamos de mais imóveis porque temos uma procura muito grande”.
Actualmente um quarto em Bragança ronda os 150 euros. Eugénia Batista admite que, nos últimos tempos, os proprietários pedem para aumentar o valor da renda. “Nestes últimos dois anos, os proprietários acham que as rendas que estavam a receber eram baratas e pedem-nos, constantemente, para subir. A verdade é que, ainda que subindo às rendas, os imóveis continuam a arrendar-se. Um imvel que se arrendaria na ordem dos 400 euros agora arrenda-se a 500. há imóveis a custar na ordem dos 600 euros e sei de casos particulares que este valor é ultrapassado”.
Em Mirandela, onde está uma das escolas do IPB, a situação é idêntica. Nesta altura a Imobiliária Casas Comigo já não tem casas para arrendar a estudantes. Ainda assim, Alfredo Germano, espera conseguir arranjar mais para arrendar aos alunos de segunda fase. “Não temos apartamentos suficientes para a procura que existe. Por consequência, com o aumento da procura os preços também aumentam. Estamos a tentar angariar algumas casas que estão a ser entregues, de alunos que acabam os cursos”.
O ano passado foi anunciado que seria criada uma residência para estudantes, em Bragança. Contactado o presidente do IPB, Orlando Rodrigues, esclareceu que aguardam a abertura de um aviso do Plano de Recuperação e Resiliência, que apoiará a construção de alojamento. Avançou ainda que caso consigam o financiamento, a residência estará pronta dentro de dois anos.
Escrito por Brigantia
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