Grande quantidade biomassa produzida neste Inverno chuvoso poderá conduzir ao deflagrar de grandes incêndios no Verão.
Contando, sensivelmente, com os mesmo meios relativamente ao ano passado, as entidades envolvidas no combate aos fogos florestais do distrito de Bragança prevêem que este será um ano difícil, dada a grande quantidade de biomassa produzida durante o Inverno e Primavera. Apesar das dificuldades, as entidades apostam numa melhor organização e uma maior atitude cívica dos cidadãos para que o pior não aconteça. “Estamos preparados para o pior dos cenários”, afirmou Melo Gomes, comandante do Centro Operacional de Operações e Socorro.
Segundo o Comandante, as queimadas de Inverno foram insuficientes porque o tempo não permitiu a realização de mais. Logo que entre a fase Bravo, equipas do SPNA (Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente Temos equipas do SPNA), da GNR vão actuar para que a gestão dos combustíveis finos seja feita. Jorge Gomes, Governador Civil explicou que, ao nível da organização de meios há uma evolução significativa, relativamente a anos drásticos no que respeita a fogos incêndios, como o ano de 2003 e 2005.
Uma das medidas prevista no plano deste ano é que sempre que se registe uma ocorrência os meios mais próximos do local sejam de imediato mobilizados, independentemente do concelho onde ocorram. Por outro lado, haverá um reforço meios em cada ocorrência, para evitar que os fogos não atinjam grandes dimensões. Está definido no plano que a prioridade máxima e absoluta é um “ataque inicial rápido e musculado”, explicou Melo Gomes.
Apesar da crise, o Governador Civil, disse que não haverá poupança de meios a esse nível, porque o mais importante é não permitir que arda a floresta, o que resultaria em maiores prejuízos. Segundo Jorge Gomes, mais vale que sobrem meios no terreno do que façam falta. Outra das grandes apostas desta organização é que não haja reacendimentos.
A própria palavra “circuito”, referente a incêndios, foi banida e substituída pela expressão “fogo controlado”. Para Jorge Gomes, “é fundamental que quando atacamos um incêndio o façamos até ao fim. As operações de rescaldo são fundamentais e uma vigilância bem feita ao pós incêndio é fundamental, porque um reacendimento é tão perigoso ou mais do que um incêndio e é um esforço redobrado”. Isto porque os homens envolvidos na primeira intervenção terão de voltar a deslocar-se ao mesmo local, para combater o mesmo incêndio. Num ano de risco como o que se aguarda se no Verão se atingirem altas temperaturas, espera-se também, do cidadãos, um melhor comportamento cívico.
Para o Governador essa é, igualmente, uma componente fundamental. “Se as pessoas entenderem que devem provocar mais do que é natural, é evidente que, se calhar, não teremos capacidade de resposta”, disse. Com meios semelhantes, haverá, no entanto, um reforço de 15 dias de actuação na fase Delta. Por outro lado, o distrito passou a contar, durante todo o ano, com nove Equipas de Intervenção Permanente (EIP) nas Cooperações de Bombeiros e estão em fase de constituição mais três. No total serão 12 as EIP constituídas, que abrangem todos os concelhos, menos Macedo de Cavaleiros que não aderiu a esta criação de meios, pagos em percentagem igual autarquias e pelo Governo.
Na fase Bravo, a partir de amanhã, dia 15 de Maio, até 30 de Junho, que, dependendo das condições climatéricas poderá ser adiada, estarão disponíveis 259 homens, três postos de vigia, e um helicóptero que ficará na serra de Nogueira. Contudo, poderá deslocado para Bornes, sempre que a avaliação dos riscos o justifique. “Temos também um reforço dos meios aéreos nacionais”. Deste modo, “o helicóptero que está posicionado na Meda, distrito da Guarda, poderá fazer acções junto de Carrazeda”, explicou Melo Gomes.
Na fase Charlie, de um de Julho a 30 de Setembro, estarão disponíveis 445 homens, dois helicópteros e 11 postos de vigilância. Na fase Delta de, um a 31 de Outubro, estarão disponíveis 209 homens e três postos de vigia. A vigilância será reforçada com os voluntários, através do Programa de vigilância das florestas do Instituto Português da juventude.
Fonte:Mensagueiro de Noticias
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segunda-feira, 17 de maio de 2010
Torres medem o vento em Montesinho e perto da estrada que vai da Moimenta à Mofreita
A empresa irlandesa Airtricity, comprada, recentemente, pela Scottish Southern Energy Renewables, já investiu mais de meio milhão de euros na instalação de torres de medição de vento em pontos estratégicos dos concelhos de Bragança e Vinhais.
Recorde-se que, em 2007, foi apresentado um mega-projecto de produção de energia eólica, que contemplava a instalação de aerogeradores em diversas zonas do Parque Natural de Montesinho (PNM). Mofreita (Vinhais), Zeive, Soutelo, S. Julião de Palácios, Rabal, Deilão e Babe (Bragança) foram algumas das freguesias contempladas para a colocação de ventoinhas.
Para garantir a disponibilidade dos terrenos numa zona considerada “a pérola” para produção de energia eólica, a empresa tem vindo a pagar renda das propriedades a Juntas de Freguesia e Comissões de Baldios. Apesar da Scottish Southern Energy Renewables preferir não revelar o montante investido na região, o Jornal NORDESTE sabe que há autarquias a receber mais de 2500 euros por ano pela renda dos terrenos, um valor que tem vindo a ser actualizado pela empresa irlandesa, ano após ano.
Os autarcas da região também estão do lado do projecto.
O presidente da Junta de Freguesia de Rabal, Paulo Hermenegildo, defende a concretização dos parques eólicos, considerando que é fundamental para garantir a autonomia financeiras das Juntas de Freguesia face ao poder central. “Iremos receber cerca de 10 mil euros/ano por cada aerogerador instalado, o que nos traria receitas suficientes para avançarmos com projectos importantes para as freguesias”, salienta o autarca.
Três anos após a apresentação do projecto, a Scottish Southern Energy Renewables já colocou cerca de nove torres meteorológicas em zonas estratégicas do PNM, que permitem medir a velocidade do vento em tempo real.
Instalação de parques eólicos só poderá avançar depois do governo abrir concursos para a atribuição de potência na região
Com funcionários permanentes no terreno, a concretização do projecto da empresa irlandesa depende, agora, da abertura de concursos para a atribuição de potência na região. “Em Portugal não abrem concursos para a atribuição de potência desde 2008 e nessa data não foi contemplada esta zona do País”, constata o director de estratégia e comunicação da Scottish Southern Energy Renewables, Alexandre Ipolliti Carrelhas.
No entanto, o responsável garante que o mega-projecto eólico não está parado, visto que antes de avançar para a instalação das ventoinhas é necessário fazer uma série de estudos sobre o vento para salvaguardar o sucesso o projecto.
Além disso, a empresa também já iniciou os estudos de impacte ambiental, visto que a instalação dos parques eólicos está prevista dentro de uma zona protegida. “O plano de ordenamento do PNM prevê a instalação de parques eólicos, desde que se cumpram determinadas normas.
O facto de ser uma zona protegida poderá trazer alguns constrangimentos, visto que é necessário estudos de impacte ambiental. No entanto, é possível minimizar os impactos numa articulação entre todas as entidades”, sublinha Alexandre Carrelhas.
Entretanto, a empresa irlandesa continua com uma forte ligação à região, nomeadamente através dos protocolos celebrados com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, com o Instituto Politécnico de Bragança e através da parceria com a Câmara Municipal de Bragança para a constituição do Bragança Parque.
Por: Teresa Batista
Jornal Nordeste
Recorde-se que, em 2007, foi apresentado um mega-projecto de produção de energia eólica, que contemplava a instalação de aerogeradores em diversas zonas do Parque Natural de Montesinho (PNM). Mofreita (Vinhais), Zeive, Soutelo, S. Julião de Palácios, Rabal, Deilão e Babe (Bragança) foram algumas das freguesias contempladas para a colocação de ventoinhas.
Para garantir a disponibilidade dos terrenos numa zona considerada “a pérola” para produção de energia eólica, a empresa tem vindo a pagar renda das propriedades a Juntas de Freguesia e Comissões de Baldios. Apesar da Scottish Southern Energy Renewables preferir não revelar o montante investido na região, o Jornal NORDESTE sabe que há autarquias a receber mais de 2500 euros por ano pela renda dos terrenos, um valor que tem vindo a ser actualizado pela empresa irlandesa, ano após ano.
Os autarcas da região também estão do lado do projecto.
O presidente da Junta de Freguesia de Rabal, Paulo Hermenegildo, defende a concretização dos parques eólicos, considerando que é fundamental para garantir a autonomia financeiras das Juntas de Freguesia face ao poder central. “Iremos receber cerca de 10 mil euros/ano por cada aerogerador instalado, o que nos traria receitas suficientes para avançarmos com projectos importantes para as freguesias”, salienta o autarca.
Três anos após a apresentação do projecto, a Scottish Southern Energy Renewables já colocou cerca de nove torres meteorológicas em zonas estratégicas do PNM, que permitem medir a velocidade do vento em tempo real.
Instalação de parques eólicos só poderá avançar depois do governo abrir concursos para a atribuição de potência na região
Com funcionários permanentes no terreno, a concretização do projecto da empresa irlandesa depende, agora, da abertura de concursos para a atribuição de potência na região. “Em Portugal não abrem concursos para a atribuição de potência desde 2008 e nessa data não foi contemplada esta zona do País”, constata o director de estratégia e comunicação da Scottish Southern Energy Renewables, Alexandre Ipolliti Carrelhas.
No entanto, o responsável garante que o mega-projecto eólico não está parado, visto que antes de avançar para a instalação das ventoinhas é necessário fazer uma série de estudos sobre o vento para salvaguardar o sucesso o projecto.
Além disso, a empresa também já iniciou os estudos de impacte ambiental, visto que a instalação dos parques eólicos está prevista dentro de uma zona protegida. “O plano de ordenamento do PNM prevê a instalação de parques eólicos, desde que se cumpram determinadas normas.
O facto de ser uma zona protegida poderá trazer alguns constrangimentos, visto que é necessário estudos de impacte ambiental. No entanto, é possível minimizar os impactos numa articulação entre todas as entidades”, sublinha Alexandre Carrelhas.
Entretanto, a empresa irlandesa continua com uma forte ligação à região, nomeadamente através dos protocolos celebrados com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, com o Instituto Politécnico de Bragança e através da parceria com a Câmara Municipal de Bragança para a constituição do Bragança Parque.
Por: Teresa Batista
Jornal Nordeste
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