FAÇA UMA DOAÇÃO PARA MANTER O BLOG VIVO

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Freguesias de Vinhais em convívio na Gestosa

As autarquias de Vinhais reuniram-se, no passado sábado, em mais um Encontro de Juntas de Freguesia, que juntou cerca de 147 pessoas dos diferentes pontos do município na praia fluvial do Rabaçal, em Gestosa, na freguesia de Vilar Seco.

Segundo José Henrique Silva, presidente da Junta de Freguesia de Vinhais e representante das freguesias, o objectivo desta iniciativa é proporcionar o convívio entre os autarcas, que têm oportunidade de se conhecerem melhor e de trocar experiências sobre gestão autárquica. “É um concelho com 35 freguesias e 104 aldeias dispersas por 704 quilómetros quadrados. O nosso município é enorme, a desertificação das aldeias tem-se acentuado e é preciso criar movimento”, salientou o autarca.


O presidente da Junta de Freguesia de Vilar Seco, António Barreira, afirma que recebeu este encontro de braços abertos, tendo em conta a beleza da paisagem envolvente. “Considero que tenho na minha freguesia um local com condições e muita beleza natural para oferecer um grande dia aos autarcas do concelho”, realça o autarca.
Esta actividade realiza-se cada ano em sua freguesia, o que permite aos autarcas conhecerem melhor a realidade das outras aldeias. 


Preocupado com a desertificação, José Henrique Silva afirma que a aposta deve ser no turismo. “Temos um concelho com uma beleza natural única e temos muita gente a contactar-nos para vir cá, principalmente aos fins-de-semana. Nesse sentido, devemos apostar nesta área para sermos visitados com mais frequência e para dinamizarmos a nossa economia”, afirma o autarca.


António Barreira salienta que a freguesia tem conseguido cativar mais gente através dos investimentos privados em Turismo de Habitação e dos percursos pedestres ao longo do Rabaçal, que, durante o ano passado, foram percorridos por 400 pessoas.
No final do almoço, os autarcas apostaram no lazer junto ao rio, tendo participado em diversos jogos tradicionais.


Por: Teresa Batista- Jornal Nordeste

sábado, 5 de junho de 2010

Obras na EN 308 já arrancaram - Finalmente, estava a ver que não!!!!!

Já arrancaram as obras de beneficiação da EN308 / EN308-3, entre Dine (Vinhais) e Bragança.

A empresa Construções Gabriel A.S. Couto, S.A. procede, actualmente, à sinalização dos trabalhos e encontra-se a fazer a limpeza de bermas no troço Bragança-Vila Nova.

A empreitada representa um investimento de 2,2 milhões de euros na melhoria das acessibilidades e das condições de segurança da ligação entre Dine e a capital de distrito Bragança, numa extensão de 26 quilómetros, que actualmente encontram-se em avançado estado de degradação.

No âmbito desta empreitada está prevista a realização de trabalhos de reabilitação do pavimento existente, a reformulação dos cruzamentos e entroncamentos, a melhoria dos órgãos de drenagem e o reforço da sinalização e dos restantes equipamentos de segurança da via.

O prazo de execução da obra é de 300 dias, estando a conclusão prevista para Março de 2011.
Este é mais um investimento da EP - Estradas de Portugal, SA na melhoria das condições de circulação rodoviária e segurança dos utentes da Rede Rodoviária a seu cargo.


Jornal Nordeste

Nivel 6 na festa da Moimenta de 24 de Agosto de 2009

Eu sei que a ainda faltam uns meses para a festa na Moimenta, mas muita gente já deve estar a contar os dias que faltam para Agosto.
Agosto, férias, Moimenta, descanso para alguns e movimento para outros.
Bem aqui fica um pequeno video da actuação nos Nivel 6 o ano passado dia 24 de Agosto.


Agrochão recria Ciclo da Lã

As várias etapas que fazem parte do ciclo da lã, desde a tosquia à criação de peças artesanais no tear, foram recriadas, no passado sábado, na freguesia de Agrochão, no concelho de Vinhais.


Um grupo de pessoas da localidade e de aldeias vizinhas participou nesta iniciativa, organizada pela Associação Cultural, Recreativa e Desportiva de Agrochão (ACRDA), no âmbito do projecto ASA do Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS) de Vinhais.


Esta iniciativa, que também contou com a presença de alguns jovens, começou com a tosquia de uma ovelha, através do método artesanal. O tosquiador Manuel Borges pegou nas tesouras para fazer uma demonstração de como se tira a lã a uma ovelha. Terminada a tosquia do animal a lã é junta e passamos a ter o feltro, que é lavado em água bem quente. “A lã está muito suja, porque anda com as ovelhas o ano inteiro. 


Então tem que ser bem lavada antes de partirmos para a fase seguinte”, acrescenta a presidente da ACRDA, Maria da Graça Afonso.
A próxima etapa é a escarramiça da lã, que consiste na abertura da mesma para ficar fofa o suficiente para se fazer o manelo, que é colocado na roca para fiar. “ O manelo é feito no regaço. Com a lã escarramiçada é mais fácil fiar”, realça a responsável.


A fiação é umas das etapas principais deste ciclo e é feita de formas distintas. O fio usado para fazer na meia é fiado na roca, até dar origem à maçaroca, que é dobada e depois torcida para unir os dois fios, enquanto que o fio mais grosso usado no tear, principalmente para fazer cobertores, é rodelado num engenho próprio para o efeito.






Tradições do Mundo Rural
vão estar em destaque em cinco aldeias do concelho de Vinhais




Antes de passar para o tear ainda é preciso urdir, um processo complexo, que tem que ser feito com muita sabedoria e perícia. A urdideira, em forma de hexágono, é o instrumento onde se entrelaçam os fios para formar a teia, que é posta no tear para tecer. 


Para formar a teia são colocados 12 novelos de algodão nos casuleiros. Já a colocação da teia no tear não é tarefa fácil e tem que ser feita por quatro pessoas.


“A telecelagem é fácil. Até costumamos dizer que num tear aparelhado tece um burro albardado, o que quer dizer que depois de colocada a teia não é difícil tecer”, conta Maria da Graça Afonso.


Já no tear é possível fazer cobertores, tapetes ou mantas de lã. Antigamente, também havia quem fizesse o burel, que consistia em urdir e tecer com lã. “Era um tecido muito pesado, que tinha que ir ao pisão para ser amaciado. Aí era batido ao mesmo tempo que era molhado em água corrente, com dois malhos. Este tecido era usado para as mantas dos segadores e para as saias das senhoras”, recorda a presidente da associação.


Depois de tirar as peças do tear é feita a cardagem, que consiste em amaciar a lã. E assim termina o ciclo da lã, que antigamente, era um dia de festa. “Antes, no fim da escarramiça havia baile e comiam-se nozes e figos secos”, salienta Maria da Graça Afonso.


O Ciclo da Lã foi a primeira actividade realizada no âmbito das tradições, seguindo-se, segundo a técnica do CDLS de Vinhais, Dirse Loução, o ciclo da telha, em Romariz, o ciclo do pão, em Santalha, o reviver da profissão de ferreiro, em Vilar de Lomba, e as artes e ofícios da madeira, em Vila Boa. Estas iniciativas envolvem as associações locais.

Jornal Nordeste





Águia regressa à natureza

Uma Águia-de-Asa-Redonda, tam bém conhecida como Búteo (Buteo buteo), foi devolvida à natureza pela mão do Parque Biológico de Vinhais. 

Depois de recuperada no Centro de Recepção, Acolhimento e Tratamento de Animais Selvagens (CRATAS), na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), a ave de rapina foi devolvida ao meio selvagem, perante uma centena de crianças do ensino Pré-Escolar de Vila Flor. 


A águia foi recolhida na zona de Montalegre pelo Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da Guarda Nacional Republicana (SEPNA) de Chaves, em Dezembro de 2008, após ter sido vítima de um disparo que lhe fracturou o cúbito. Após um lento processo de recuperação, que passou por uma alimentação cuidada para a ave atingir o peso adequado, e realização de treinos de voo e caça, a ave foi devolvida à natureza na passada sexta-feira.


A directora do Parque Biológico de Vinhais, Carla Alves, explica como tudo aconteceu: “temos um protocolo com a UTAD e sempre que nos chegam ao parque animais feridos ou que foram apanhados por alguém e não estão em perfeitas condições de saúde, nós encaminhamo-los para o CRATAS”.


O veterinário de serviço, Roberto Sargo, iniciou a libertação da águia com uma pequena palestra sobre a recuperação da águia. “Após a primeira cirurgia, foi submetida a uma outra, correctiva, depois teve um processo de ossificação muito longo, para passar um ano a recuperar, pois tinha perdido muita massa muscular. Estes últimos 4 meses, teve de reaprender as técnicas de caça e mostrar que estava apta a ser libertada”, explicou.


A águia-de-asa-redonda (Buteo buteo) é uma das aves de rapina mais comuns em toda a Europa, sendo a águia mais frequente em Portugal. Apresenta dimensões médias (entre 600 a 1100g e 51-56cm de comprimento), um aspecto compacto, cabeça arredondada e cauda relativamente curta, cerradamente listrada nos adultos. A cor da sua plumagem é muito variável, desde quase branco a castanho-escuro, sendo que a zona dorsal é geralmente castanha e a zona peitoral mais clara. Distribui-se pela Europa, Ásia e algumas ilhas do Pacífico e ocupa todos os tipos de habitat onde existam árvores e terrenos abertos, sendo frequente nas orlas dos bosques. 


A sua dieta baseia-se em pequenos mamíferos, principalmente ratos, mas podem complementá-la com lagomorfos (coelhos e lebres), aves, répteis, anfíbios e invertebrados, podendo também ter comportamentos necrófagos. 


Jornal Nordeste.

A Fraga e as fontes dos Três Reinos - Um bocado de tradição


Diz a tradição que, em tempos mais remotos, o rei D. Afonso III passou pela localidade Moimenta onde se hospedou por alguns dias, na casa da residência aí deixou uma carta de “foro” e outros privilégios escritos em pergaminho.
Não se sabe ao certo quando foi, mas supõe-se que foi em 1253, ano em que foi sucedido foral á Vila de Vinhais e Bragança. 
Como conta a tradição, havia “questões” fronteiriças com as aldeias Portugal/Moimenta, Leão/Cádavos e Castela/Castromil isto consequência da existência das fontes que nascem junto à linha da Raia e se estendem para Portugal. 
Os Espanhóis reclamavam a sua posse, ficando os portugueses com alguns direitos. A Fonte do Moço, por exemplo, nasce bem abaixo da Raia, terreno português que no Verão secava, mas a fonte dos três reinos nunca secava e era de grande importância para os gados beberem. Esta situa-se no extremo da área das três aldeias acima referidas e em pleno Verão não existem outras nas proximidades.
Quando o rei português veio à Moimenta, convocou uma reunião (Os três Reis) para solucionarem esses problemas. Chegaram então a um acordo criando uma área de aproximadamente 1000m2, onde existia um poço de terra batida (hoje em cimento) considerado bebedouro comum aos três povos (aberbadero comum aos três poeblos). Ainda hoje existe na povoação espanhola da Mesquita e da Moimenta, um documento escrito pelas autoridades fronteiriças, a quando da colocação dos “marcos intermédios”, a fazer referência ao dito bebedouro.
Na aldeia de Moimenta encontra-se um rochedo conhecido por “A Fraga dos Três Reinos”, onde existem três cruzes esculpidas numa rocha, cada qual voltada para o seu reino, que teriam sido mandadas construir pelos três Monarcas.
Na documentação encontrada faz-se ainda referência a uma merenda dos Monarcas onde se teria dito “ bebemos da mesma fonte, comemos na mesma mesa (Fraga dos Três Reinos) cada um voltado para o seu reino”.
Dizem os habitantes da Moimenta que ouvem cantar os galos de três Reinos.